domingo, 27 de março de 2011

Para enfrentar à violência contra a mulher não há mal tempo



As 12 horas de vigília previstas para chamar a atenção ao repudio à violência contra a mulher acabou acontecendo na metade do tempo em razão da forte chuva, na madrugada de sábado, o que não significou menos energia ao momento. Na praça Antônio Viana, também conhecida como a praça da Brigada, dezenas de Mulheres da Paz, integrantes dos projetos PRONASCI do Guajuviras, autoridades do município e comunidade se uniram em um só gesto para enaltecer a Lei Maria da Penha que protege vítimas de homens covardes. Com velas nas mãos, simbolizando luz no caminho de quem sofre com a violência doméstica, os presentes ouviram palavras de incentivo a esta luta.


A presidente e a adjunta da ONG Themis, Rúbia Abs da Cruz e Elisiane Pasini, também coordenadoras das Mulheres da Paz lembraram, respectivamente, que o momento também serviu para reafirmar o trabalho realizado pelo programa que "está a cada dia mais coeso" e que há algum tempo não se podia imaginar a segurança pública unida aos projetos sociais, como acontece em Canoas, para enfrentar o problema vivido por milhares de mulheres no país.


A titular da coordenadoria de Políticas para as Mulheres, Maria Aparecida Flores, aproveitou para lembrar o caso de uma amiga assassinada brutalmente pelo marido em 2009. “ Que nossa luz possa ser enviada a ela” falou. Já o secretário de Segurança Pública e Cidadania, Eduardo Pazinato, ressaltou que o enfrentamento a violência contra a mulher é um compromisso do governo municipal. “E não é algo vazio e sim feito de políticas públicas consolidadas”. Pazinato lembrou ainda que na próxima quarta-feira, 30, o governador assinará o pacto estadual de enfrentamento à violência contra a mulher em Canoas, na casa das mulheres da paz, sendo a vigília um ato prévio ao evento.


Por fim, a prefeita em exercício Beth Colombo ofereceu um abraço especial a todas as Mulheres da Paz pelo trabalho desenvolvido na comunidade que até pouco tempo não tinha tranqüilidade e hoje é um Território de Paz. Beth enfatizou ainda que não se pode apenas contar com a lei Maria da Penha, “é preciso que todas as mulheres estejam unidas para poderem contar umas com as outras” e relatou a história de um casal de idosos moradores de Canoas, no mínimo triste e surpreendente, descoberta por agentes da secretaria de saúde onde atua c omo secretária. "O marido, um senhor de 80 anos, espanca a esposa de 75 anos que vive em uma cadeira de rodas. Temos que combater esse tipo de atitude".



A vigília das Mulheres da Paz também foi uma forma de comemorar um ano de inauguração da sede, ocorrida em 26 de março de 2009. O ato encerrou com muita alegria e dança.


Texto de Taís Dal Rí, publicado no site da Prefeitura de Canoas.

Fotos: Ireno Jardim

ABNG - Agência da Boa Notícia Guajuviras

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