Às 9h30min, começa a concentração para o Passeio Ciclístico. A comunidade será convidada a enfeitar as suas bicicletas, ocupar os espaços públicos, se divertir e conhecer um pouco mais dos projetos PRONASCI: Comunicação Cidadã, Mulheres da Paz, Protejo, Geração Consciente, Justiça Comunitária, Pacificar, Guarda Municipal, Comissões Internas de Prevenção à Violência nas Escolas e Observatório de Segurança Pública. A proposta é valorizar alternativas ambientalmente sustentáveis, promover a realização de atividades físicas e a integração da comunidade em espaços públicos, também como forma de prevenção às violências. As três bicicletas mais enfeitadas ganharão medalhas como prêmio.
No fim do passeio, ao chegar ao CAIC, as pessoas participantes se depararão com intervenções de graffiti realizadas por artistas da comunidade. A proposta é também promover a expressividade na construção do imaginário simbólico dos espaços urbanos, hoje ainda marcados pelo cinza frio dos concretos e pelas repetidas e monótonas estratégias de marketing das grandes empresas. O graffiti possibilita a manifestação da diversidade e a valorização do sentimento de pertencimento a uma territorialidade singular e em movimento.
Ainda pela manhã, começa a Feira de Economia Popular e Solidária, atividade desenvolvida por produtoras e produtores locais com o objetivo de fortalecer a economia através da comercialização de produtos produzidos no próprio bairro, como artesanato, alimentações e outros. Além disto, as pessoas poderão sair da Feira com algum produto, mesmo que não tenham levado dinheiro: basta levar algo que queiram trocar, como um bolo, um livro, uma pintura, uma muda de árvore ou mesmo 1kg de alimento. A idéia é fortalecer a solidariedade e o pensamento do como é possível vivermos produzindo e trocando bens de consumo sem ter o lucro e a tentativa de tirar alguma vantagem como princípio econômico.
Desde o começo das atividades, estará sendo garantida a possibilidade de manifestação das pessoas de forma sigilosa e sem a necessidade de identificação. Uma urna será instalada para quem quiser expressar alguma crítica, reclamação, denúncia, proposta ou elogio. A proposta é dar inicio ao processo de construção de uma ouvidoria popular, garantindo o diálogo entre a comunidade e com os serviços públicos desenvolvidos no bairro.
Durante todo o dia, estarão expostas uma série de fotos, matérias de jornais e outros documentos que contam um pouco da história da comunidade. Uma comunidade construída de luta, tendo sido, em 1987, a maior ocupação do sul do país. A união e a resistência eram tão fortes que até mesmo a Brigada Militar era impedida de usar da força para tirar as famílias, persistentes na garantia da moradia como direito social básico. Com a exposição do dia 13, a proposta é estimular a reflexão sobre o que pode ter mudado nestes 23 anos, quando gradativamente a comunidade foi se tornando destaque principalmente nas páginas policiais.
A exposição também contará com os desenhos produzidos pelas crianças participantes do I Forunzinho Comunitário. E, assim como na programação da 1ª Edição do Fórum Comunitário, acontecerá a segunda edição do Forunzinho, a partir das 14h30min. As crianças poderão pintar, brincar, conversar, escutar e contar historinhas, cantar e assistir ao Teatro de Fantoches da Guarda Municipal de Canoas, enquanto seus responsáveis participam dos debates. A proposta é que as crianças também possam se expressar da sua maneira, contribuindo para a construção de uma comunidade segura. Expressarem-se como uma das crianças que, na primeira edição do Forunzinho, produziu um desenho e escreveu a seguinte frase: “paz, mesmo que no meio do nada”. Estes e outros trabalhos serão expostos.
A partir das 13h30min, o Núcleo de Teatro do Protejo fará um cortejo musical em frente ao CAIC, apresentando músicas populares e convidando a comunidade a participar das atividades da parte da tarde.
Às 14h, a atividade da tarde começa com uma roda de capoeira realizada pelo grupo Ilê de Oxós. A capoeira, neste contexto, simboliza a resistência negra frente à escravidão, através da utilização dos saberes culturais dos ancestrais vindos da África. É, portanto, também uma forma de destacar a Semana da Consciência Negra, que terá início no dia 16 de novembro, a partir das 19 horas, no Unilasalle.
Logo em seguida, as pessoas participantes serão convidadas a conhecer uma série de serviços públicos e projetos desenvolvidos no bairro.
Após estas apresentações no ginásio do CAIC, serão formados grupos de discussão nas salas de aula da Escola Municipal Erna Würth. Através de dinâmicas fundamentadas nos princípios da educação popular, as e os participantes discutirão sobre as propostas para melhorar a segurança no bairro, apresentadas na primeira edição do Fórum. Num segundo momento, serão construídas estratégias coletivas de prevenção e enfrentamento às violências, que serão levadas ao grande grupo em uma plenária final.
Antes desta plenária, todas as pessoas serão convidadas a prestigiar a apresentação de teatro produzida por estudantes da Escola Cônego José Leão Hartmann, com o tema do Território de Paz Guajuviras.
Na plenária final, serão lidas as propostas construídas nos grupos, e as pessoas interessadas em desenvolver estas estratégias poderão se aproximar e conversar sobre os passos necessários para sua efetivação.
O II Fórum Comunitário terá o seu encerramento marcado por apresentações artísticas de grupos locais. Subirão ao palco os Mulekis Sedutores (dança), a banda Alternativos (música), os grupos Ritmo e Q-Unit’s (dança), e Capoeira de Angola Mestre Dindo.
Depois de um dia intenso de atividades, nada melhor do que uma boa festa popular! A bateria da Escola de Samba Unidos do Guajuviras levará as pessoas participantes do Fórum à sua quadra, para prestigiarem uma grande muamba preparatória ao Carnaval 2011. Em março de 2011, a Unidos do Guajuviras desfilará na avenida trazendo a história da comunidade como samba-enredo: “Guaju! quem te viu, quem te vê! O Território de Paz é aqui!”.
Enfim, motivos não faltam para participar deste grande dia de mobilização pelo enfrentamento às violências e construção de uma comunidade segura. Seja protagonista desta história!
Coordenação do Fórum do Território de Paz/Guajuviras
ABNG - Agência da Boa Notícia Guajuviras
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